Doenças Oculares

Muitas pessoas sofrem de doenças oculares atualmente, que podem ser muito desconfortáveis, dolorosas e até causar cegueira. As doenças oculares podem ser causadas por diferentes fatores, como genética, idade, ambiente e condições de saúde subjacentes. Assim, é importante cuidar dos olhos e procurar atendimento médico se houver problemas.As doenças oculares comuns incluem cataratas, glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade. Medidas preventivas como exames oculares regulares, uma dieta saudável e parar de fumar podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver essas doenças.A detecção precoce e o tratamento imediato também são importantes para evitar que a condição piore e evitar a perda da visão. Em geral, é crucial aumentar a conscientização sobre a importância da saúde ocular e tomar medidas preventivas para manter uma boa visão.

Caracterizada como uma reação exagerada do sistema imunológico a uma substância irritante, denominada alérgeno (ácaros, poeiras, pólen, mofo, pêlos de animais, produtos de limpeza etc.).

A alergia ocular geralmente ocorre em pessoas que já sofrem com algum outro tipo de alergia, como asma e rinite.

Os sintomas da alergia ocular são semelhantes aos outros tipos de conjuntivite: olhos vermelhos, coceira, irritação, lacrimejamento, inchaço, e sensibilidade à luz (fotofobia). Crianças menores podem apresentar um piscar mais frequente. Os sintomas costumam ser periódicos.

A alergia não tem cura, mas tem controle e o primeiro cuidado é o controle ambiental, que consiste em manter a casa arejada, evitar objetos que acumulem poeira como: carpete , cortina , bichos de pelúcia; limpar sempre as pás dos ventiladores e filtros dos ar condicionados da casa, evitar uso de espanador de pó e vassoura, preferir pano úmido e aspirador de pó e forrar colchão e travesseiros com capas anti-ácaro.

O tratamento geralmente é simultâneo: oftalmologista e alergologista.

O tratamento é tópico a base de colírios: lubrificantes para aliviarem os sintomas, colírios anti-histamínicos e colírios de dupla ação (são os mais usados atualmente) e estes além de diminuírem a coceira ,interrompem o processo da alergia. Em casos mais graves, colírios de corticóides podem ser prescritos.

O alergologista fica responsável pela imunoterapia. Neste método é injetado gradualmente no paciente um número crescente de alérgenos com objetivo de dessensibilizar o organismo às substâncias que causam alergia e estimular a imunidade.

Apesar de não ter cura, o tratamento para reduzir os sintomas e evitar as crises é muito importante; pois o ato de coçar os olhos (muito comum em pacientes alérgicos) é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de uma patologia da córnea chamada ceratocone. Além do risco de formação de úlceras, placas e vasos anormais na periferia da córnea; afetando assim, a visão.

A ambliopia é popularmente conhecida como olho preguiçoso.

É um problema ocular que atinge 2 a 3% da população infantil.

Ela consiste na baixa acuidade visual causada por algo que atrapalhe o desenvolvimento da visão como por exemplo: estrabismo, catarata congênita, ptose congênita (que é a queda da pálpebra quando esta acometer o eixo visual) e erros de refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo).

A primeira coisa a se fazer é corrigir a problema ocular que está causando a ambliopia. Se o diagnóstico não for feito ainda na infância, o transtorno visual pode se tornar irreversível.

Por isso reforço a importância das consultas periódicas com oftalmologista na infância.

 Sem a avaliação periódica, pode haver um atraso no diagnóstico da ambliopia, pois na maioria dos casos acomete apenas um dos olhos. Com a visão boa no outro olho esta dificuldade em enxergar não é percebida pelos pais nem pelos professores.

Como funciona a visão desta criança? Um olho manda uma imagem nítida para o cérebro e o outro manda uma imagem borrada. Com o tempo o cérebro acaba suprimindo a imagem que recebe do olho pior. Por esta razão a ambliopia é chamada de olho preguiçoso.

E o que fazer nesses casos? Ocluir o olho bom para estimular a visão do olho preguiçoso.   Muitas vezes, só corrigir o erro refracional, com aproximadamente 20 dias de uso destes óculos, o paciente recupera a acuidade visual do olho comprometido, não precisando assim do uso do tampão.

A quantidade de horas do uso do tampão vai depender do grau da ambliopia.

Para finalizar, quero mais uma vez ressaltar a importância do exame oftalmológico anual da criança, para tratarmos as possíveis causas base e evitarmos assim, a ambliopia. Mas caso ela já esteja ambliope, que nós possamos corrigir isso o mais rápido possível.

Vista embaçada, dor de cabeça após esforço visual, dificuldade de enxergar de perto ou de longe e fotofobia (sensibilidade à luz) são alguns dos sintomas dos vícios de refração. Esses problemas atingem grande parte da população mundial e são divididos basicamente em quatro tipos: miopia, presbiopia, hipermetropia e astigmatismo.

Mas, afinal, você sabe quais são as diferenças entre cada um desses problemas oculares? Antes de entender de forma detalhada a definição dos erros de refração, é fundamental ter em mente que esse tipo de diagnóstico só poderá ser feito por um médico oftalmologista. Esse especialista é o único qualificado para examinar a visão, a fim de detectar esses e outros problemas que podem acometer os olhos.

Após identificados, esses problemas podem ser corrigidos por meio de opções como óculos, lentes de contato ou cirurgia. Agora, que tal entender como se comporta cada um dos vícios de refração?

MIOPIA : a miopia é quando temos um comprimento alongado do olho. Em geral, indivíduos míopes conseguem enxergar objetos que estão bem perto, porém têm dificuldade em ver de longe. O grau de miopia tende a aumentar durante o período de crescimento. O fator ambiental que pode levar a progressão da miopia é o excesso do uso de celular e tablets.

HIPERMETROPIA: a hipermetropia é quando temos um olho de tamanho menor do considerado normal. O normal é que a criança nasça hipermetrope e esta hipermetropia vai diminuindo com o crescimento. Porém algumas pessoas continuarão hipermetropes mesmo após finalizar o período de crescimento.

ASTIGMATISMO O astigmatismo consiste em um defeito na curvatura do olho, que faz com que o paciente enxergue a imagem distorcida.

PRESBIOPIA:  condição fisiológica após os 40 anos. É popularmente conhecida como “vista cansada” e consiste na dificuldade de enxergar de perto.

A blefarite é a inflamação crônica e não contagiosa das pálpebras.

Os principais sintomas são:  olhos vermelhos, vermelhidão das margens palpebrais, crostas ou “caspas” nos cílios, lacrimejamento, ardor, sensação de areia nos olhos, descamação das pálpebras e perda constante dos cílios.

A causa exata da blefarite ainda é desconhecida, e sabe-se que ocorre por um conjunto de vários fatores, como predisposição individual, distúrbios de ansiedade, alteração da flora bacteriana e condições inflamatórias da pele. Os principais fatores de risco são: alergia ocular, uso de lentes de contato, uso de maquiagem, uso de retinóides, dermatite seborreica, rosácea e dermatite atópica.

O hordéolo e o calázio, muitas vezes, são consequências da blefarite não tratada E até 30% dos portadores de blefarite apresentam olho seco, devido à disfunção causada nas glândulas da pálpebra.

A blefarite é uma doença crônica que não tem cura, mas o tratamento visa o controle da doença assim como de seus sintomas. A base do tratamento é uma boa higiene das pálpebras e para as mulheres; a remoção completa da maquiagem é fundamental. Também indicamos compressas quentes seguida de massagem nas pálpebras; uso de colírio lubrificante para reduzir a ardência e a hiperemia ocular; uso de produtos específicos para higiene dos cílios ou shampoo neutro infantil diluído: preferencialmente com cotonete e lavar após. Em alguns casos o oftalmologista pode prescrever pomada de antibiótico + antinflamatório para melhora do quadro.

A catarata é a opacidade de uma lente natural que temos no olho que chama cristalino.

O cristalino recebe este nome justamente por ser transparente. Essa opacificação do cristalino atrapalha a entrada de luz nos olhos, causando a diminuição progressiva da visão podendo levar a cegueira.

Vale lembrar que este processo é natural e ocorrerá com todo mundo se viver o suficiente para isto.

O único tratamento existente é a cirurgia; que consiste na remoção desta lente opacificada e o implante de uma nova lente em seu local. A chamada lente intra ocular. Portanto, quando a catarata causar uma cegueira esta é reversível, pois após a cirurgia, a visão retornará.

 A cirurgia é realizada sob anestesia local e o paciente retorna para casa no mesmo dia.

Hoje em dia temos ótimas opções de lentes intra oculares. Entre elas, lentes que corrigem o astigmatismo (que são as lentes tóricas) e as lentes trifocais dando uma visão intermediária, perto e longe, praticamente livrando o paciente do uso dos óculos.

Além da catarata senil ela também pode ser congênita (que aparece ao nascimento e deve ser operada precocemente), traumática (após um trauma ocular) ou secundária ao uso de algumas medicações  de forma crônica , sendo a mais comum a prednisona.

Após um tempo da cirurgia pode ocorrer opacidade da cápsula posterior do cristalino, que é o apoio da lente intraocular. E com esta opacidade pode trazer novamente o embaçamento da visão. Esta situação é facilmente resolvida com um procedimento a laser chamado capsulotomia. Procedimento seguro, rápido, indolor e recuperação rápida também.

O momento ideal de operar a catarata é decidido durante o acompanhamento oftalmológico e decidido entre médico e paciente.

A catarata congênita é uma das alterações que podem ser detectadas com o teste do olhinho.

Entre as possíveis causas, temos: malformações oculares congênitas, infecções intra-uterinas (entre elas as principais: rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose), síndromes genéticas, uso de medicamentos, radiação ou ser idiopática (ou seja sem causa definida).

Assim como na catarata senil, a catarata congênita tem um cristalino opacificado, que atrapalha a passagem de luz, dificultando assim a visão. Quando esta catarata causar uma obstrução importante à passagem da luz, o paciente deverá ser operado o quanto antes (sendo o período ideal entre 4 a 6 semanas de vida); quando ela for parcial ela poderá ser operada posteriormente, desde que tenha um acompanhamento oftalmológico rigoroso.

Se analisarmos que cerca de 80% da visão se desenvolve até os dois anos de idade, fica fácil entender a necessidade do diagnóstico e tratamento precoce da catarata congênita, a fim de evitarmos a ambliopia, que é o atraso do desenvolvimento da visão.

O tratamento é cirúrgico, fazendo a remoção deste cristalino opacificado e diferente da catarata senil, uma nova lente não é implantada em bebês com menos de 8 meses de idade.  Então logo após o procedimento este bebê deve começar a usar a correção óptica que pode ser óculos, quando a catarata for bilateral e lente de contato quando unilateral.
Importante salientar que o tratamento não acaba quando acaba a cirurgia. Ele permanece por longos anos, a fim de se evitar a ambliopia.

Esta criança deve ser acompanhada de perto até o final do desenvolvimento da visão (em torno dos 10 anos de idade), tendo sempre seu grau corrigido e atualizado e quando detectada ambliopia o uso do tampão deverá ser indicado. Contamos também com a ajuda da terapia ocupacional com a estimulação visual precoce durante este período, quando necessário.

A celulite ocular é uma infecção que atinge os anexos oculares.

Ela pode ser classificada como orbitária e pré septal.

A celulite orbitária recebe este nome por afetar a órbita (cavidade onde se localiza o globo ocular). Esta forma é mais grave pois há risco da disseminação da infecção e evoluir com meningite.

A celulite pré-septal é a forma mais comum e afeta a região externa. Mais relacionada às pálpebras.  Quando não é tratada adequadamente pode evoluir para um quadro orbitário.

A celulite ocular é mais comum em crianças de até 5 anos de idade, mas pode ocorrer em qualquer idade.

Entre as possíveis causas temos: sinusite, picadas de inseto nas pálpebras, hordéolos (terçol), traumas oculares e abscessos dentários.

Os principais sintomas são: inchaço intenso das pálpebras com vermelhidão, calor e dor no local. Pode ser acompanhada de febre e dor ao movimentar os olhos.

O tratamento é feito com antibiótico via oral e dependendo do quadro o tratamento é feito com antibiótico endovenoso em internação hospitalar.

Ceratocone é uma doença que afeta a estrutura da córnea, provocando afinamento central ou paracentral e geralmente inferior. Deixa a córnea com um formato semelhante ao de um cone, por isso seu nome.

O ceratocone pode ocorrer em um olho ou em ambos.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a cada 100.000 pessoas no mundo, de 4 a 600 delas desenvolvem o ceratocone.

O histórico familiar está presente de 6 a 8% dos casos. Seu aparecimento mais comum ocorre, geralmente entre os 13 e 18 anos de idade, progride por aproximadamente seis a oito anos e, depois, tende a permanecer estável. Além da genética, outro fator de risco importante é o ato de coçar os olhos.

Em sua fase inicial, o ceratocone não apresenta sintomas, sendo identificado apenas através de exames complementares. A mudança do grau pode ser o primeiro fator a indicar uma suspeita.

Em relação ao tratamento da doença, os óculos são a primeira opção. As lentes de contato são indicadas apenas quando os óculos não estão proporcionando uma boa visão, pois, apesar de oferecerem uma qualidade melhor, elas podem representar um fator de risco para a progressão do ceratocone. Até o final dos anos 90, o transplante de córnea penetrante era a única forma de tratamento cirúrgico. Hoje, felizmente existem vários procedimentos diferentes, indicados de acordo com cada caso.  Entre as opções temos o crosslinking para interromper a progressão da doença, o implante do anel para regularizar a córnea ou até mesmo implantar uma lente intraocular para reduzir o grau do paciente.

O transplante ainda tem indicação em alguns casos; porém é importante lembrar do risco de rejeição ou de falência tardia (a córnea envelhecer muito rápido e um novo transplante precisar ser feito).

Importante ressaltar que o ceratocone raramente leva à cegueira, mas pode causar baixa visão severa. A chance de reabilitação visual é alta, principalmente quando o tratamento é feito na fase inicial.

No centro da retina existem dois tipos de células que captam a luz transmitindo para o cérebro um impulso nervoso:
– CONES: permitem a visão em cores;
– BASTONETES: permitem a visão em preto e branco .


Uma pessoa é considerada daltônica quando não tem cones suficientes, por isso, a mensagem relativa à cor não chega ao cérebro.
É uma doença hereditária e genética.

A percepção do daltônico é alterada principalmente na visão das cores verde, vermelho e azul.
É uma alteração que não tem tratamento , mas não há evolução.


O diagnóstico é feito pelo Teste de Ishihara que consiste em 38 placas com pontos coloridos em intensidades diferentes e, no centro, é inserido um numeral com uma cor que o portador do distúrbio não pode identificar.

É o excesso de pele das pálpebras que dão um aspecto de olhos caídos.

É uma condição relativamente comum à partir dos 50 anos de idade. Está muito relacionado ao processo natural do envelhecimento, que leva a uma maior flacidez dos músculos e da pele.

Entre os fatores de risco temos a predisposição genética, exposição ao sol tabagismo.

Algumas vezes este excesso de pele causa uma queda significativa das pálpebras, reduzindo o campo de visão do paciente e nesses casos o tratamento deve ser indicado.

O tratamento é feito através de uma correção cirúrgica denominada blefaroplastia. A blefaroplastia consiste na remoção do excesso de pele e de bolsas de gordura. Esta cirurgia pode ser indicada também por finalidade estética; porém devemos lembrar que quando este excesso é pequeno podemos ter uma complicação no pós operatório que é o fechamento incompleto das pálpebras; podendo levar assim ao aparecimento de úlceras de córnea recorrentes. Esta cirurgia pode ser feita por cirurgião plástico ou oftalmologista especializado em plástica ocular.

A retina uma membrana que recobre a parte interna do globo ocular e é responsável por captar o estímulo luminoso e transmitir para o cérebro para formar as imagens.

A retina pode ser dividida em epitélio pigmentar da retina e a porção neurossensorial. O descolamento da retina ocorre quando há a separação dessas duas camadas.

Apesar de raro (aproximadamente 1 a cada 10.000 indivíduos), pode acometer a visão de maneira severa e irreversível se não tratado de maneira adequada e precocemente.

O descolamento pode ser:

– Regmatogênico: é causado por um buraco ou rasgo na retina, que permite que o vítreo passe por esta abertura e se acumule sob a retina. Este é o tipo mais comum de descolamento. Os principais fatores de risco para este tipo de descolamento são: miopia alta (geralmente acima de 6 graus), traumas oculares, pós cirurgias intraoculares e história familiar.

-Tracional: acontece pela formação de um tecido fibroso ou fibrovascular que repuxa a retina sensorial, separando-a do epitélio pigmentar da retina. A retinopatia diabética é a principal causa deste tipo de descolamento.

– Exsudativo ou seroso: ocorre pelo acúmulo de líquido abaixo da retina por um processo inflamatório ou tumoral.

Os principais sintomas do descolamento da retina são: perda ou piora súbita da visão, percepção de flashes de luz e aumento súbito de moscas volantes.

O diagnóstico é feito através do exame do fundo de olho com as pupilas dilatadas. Em casos específicos pode ser necessário a complementação diagnóstica com exames adicionais como a Tomografia de Coerência Óptica (OCT), ultrassonografia ocular e angiofluoresceinografia.

Importante ressaltar que o tratamento precoce é muito importante.

Quando temos um buraco na retina devemos fazer aplicações de laser de argônio para bloquear esta entrada, impedindo a progressão do descolamento na sua fase inicial.

As modalidades cirúrgicas são:

– Retinopexia: o procedimento consiste na aplicação de uma faixa de silicone ao redor do olho para exercer uma pressão sobre a esclera, facilitando o apoio da retina.  

Criopexia: através de uma espécie de sonda é feito o congelamento da área onde existe a rutura da retina. Esse congelamento causará uma cicatriz que ajudará a bloquear a área.

Vitrectomia: neste procedimento é retirado o vítreo (gel que fica na parte interna do olho) e substituído por óleo de silicone por  exemplo.

Retinopexia pneumpatica: é feita a injeção de gás na cavidade vítrea para bloquear o buraco formado na retina.

O vítreo é um fluido gelatinoso e transparente que preenche o interior do globo ocular. Quando o vítreo se desprende da retina chamamos de descolamento do vítreo posterior. Esta condição pode acometer um ou os dois olhos. Isto ocorre devido a um processo degenerativo que vai tornando o vítreo líquido. Outras possíveis causas são: trauma ocular, inflamação ocular, miopia e complicações de cirurgias oculares.

O descolamento do vítreo é mais frequente em pessoas com idade superior a 50 anos.

O diagnóstico é feito através de exame de fundo de olho e pode ser complementado com exames como OCT e ecografia ocular.

O principal sintoma é o que chamamos de “moscas volantes” que é a visão de pontos pretos no campo de visão. Nem sempre elas interferem na visão, mas quando passam pelo eixo visual bloqueiam a luz e lançam sombras na retina, onde a imagem se forma.

Na maioria das vezes é uma condição benigna e auto-limitada, ou seja, melhora sozinha.

Em caso de visão de flashes, aumento do tamanho ou da quantidade das moscas volantes ou piora da acuidade visual um oftalmologista deverá ser consultado com urgência pois em alguns casos estão relacionadas com rasgaduras de retina e então, esta deverá ser selada com laser ou crioterapia, para evitar o descolamento da retina.

A diplopia é a visão dupla  (quando enxerga duas imagens de um único objeto).

Pode ser causada por uma condição ocular ou neurológica.

As principais são:

– Alterações corneanas: Pode ser causada por infecções, complicações raras em cirurgias, astigmatismo, ceratocone ou pterígeo.
– Catarata: o cristalino torna-se progressivamente menos transparente, o que torna a visão mais turva e que por vezes pode parecer dupla.
– Luxação do cristalino: Quando os ligamentos que mantêm o cristalino no seu lugar se rompem e o cristalino sai do seu lugar, ou se move.
– Doenças retinianas
– Miastenia gravis: uma doença neuromuscular que faz com que os músculos se tornem “fracos”, inclusive os músculos responsáveis pela movimentação ocular. Com isso pode causar o desalinhamento dos olhos.
– Doença de Graves: algumas pessoas com essa doença desenvolvem uma visão dupla devido ao inchaço e espessamento dos músculos responsáveis pela movimentação dos olhos dentro da órbita;
– Traumatismo dos músculos oculares
– Lesão dos nervos que controlam os músculos extrínsecos do olho: estes nervos podem ser afetados por uma lesão cerebral causada por uma infecção, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico ou tumor cerebral.

O tratamento consiste em descobrir e tratar a causa da diplopia. Se um desvio ocular significativo permanecer; a correção cirúrgica deste desvio deverá ser realizada. Se o desvio for pequeno, óculos com prismas poderão dar uma melhor qualidade de vida para o paciente. 

O estrabismo é o não alinhamento ocular.

Até os 6 meses de vida do bebê o desvio ocular esporádico é comum e ocorre devido à imaturidade do sistema visual, após este período este desvio deve ser avaliado.

O estrabismo pode ser manifesto, quando o desvio aparece durante todo tempo ou grande parte dele ou latente (quando desvia em situações específicas :por exemplo quando a criança está cansada).

 Quando o estrabismo está presente desde o nascimento é denominado estrabismo congênito ou Síndrome de Ciancia e tem características bem definidas, como desvio convergente de grande ângulo, limitação da abdução ou seja do movimento para fora dos olhos e nistagmo latente.

Mas ele também pode aparecer na infância ou no adulto. Quando aparece em crianças mais velhas ou na vida adulta, apresenta o que chamamos de diplopia que é a visão dupla e uma avaliação neurológica deverá ser feita.

O estrabismo também pode ser classificado como:

– Esotropia, que é o desvio convergente. O olho desvia para dentro

– Exotropia: é o desvio divergente. O olho desvia para fora.

– Vertical: hipertropia ou hipotropia: quando um olho está mais alto ou mais baixo que o outro.

Seu diagnóstico e tratamento na infância deve ser o mais precoce possível para evitar a ambliopia popularmente conhecido como olho preguiçoso.

O tratamento pode ser feito com uso de lentes corretivas (óculos ou lentes de contato), cirurgia ou toxina botulínica. Cada tipo de estrabismo tem suas particularidades específicas que devem ser levadas em consideração para a indicação do tratamento, A oclusão, o tampão é usado para evitar a ambliopia.

O herpes ocular é o herpes tipo 1 , que causa predominantemente infecções acima da cintura ( face, lábios e olhos). O herpes vírus tipo 2 causa tipicamente infecções venéreas abaixo da cintura. A doença herpética ocular é a causa infecciosa mais comum de baixa visão por lesão corneana.

A infecção primária geralmente ocorre na infância através de gotículas de saliva e pode ser assintomática ou cursar com febre baixa, prostração e infecção de vias aéreas superiores. Após esta primeira infecção , o vírus percorre o axônio de neurônios sensitivos atingindo o gânglio trigêmeo onde fica latente.  

A infecção ocular primária ocorre tipicamente entre os 6 meses de idade e 5 anos com lesões nas pálpebras tipo vesículas, com olho vermelho, dor, sensação de corpo estranho, lacrimejamento e fotofobia .Geralmente acomentendo um olho só.

O vírus pode atingir a córnea em um quadro chamado ceratite herpética e esta pode acontecer em qualquer idade. Seus sintomas incluem  dificuldade em abrir os olhos, lacrimejamento e turvação visual. A ceratite herpética causa úlceras na córnea que se não tratadas corretamente podem levar a baixa da visão.

Fatores que podem fazer com que o vírus seja reativado são: estresse emocional , febre e queda do sistema imunológico.

O tratamento é feito com antivirais orais e em forma de pomadas e colírio anti-infamatórios. O antiviral mais comumente usado é o Aciclovir.

É uma hemorragia abaixo da conjuntiva. Aparece como uma mancha vermelha no olho.

Geralmente tem aparecimento súbito e não costuma dar sintomas.

As causas incluem: trauma, aumento da pressão arterial, uso de anticoagulantes ou esforço físico intenso.

O hiposfagma é uma condição benigna e autolimitada. Ou seja, melhora sozinho com a absorção deste sangramento espontaneamente. 

Se não foi causado por um trauma local, um cardiologista deverá ser consultado e uma avaliação rigorosa da pressão arterial será realizada.

A lágrima é drenada pelo ponto lacrimal na pálpebra superior e inferior, fluindo do canalículo para o saco lacrimal e através do ducto nasolacrimal para o nariz. A obstrução do ducto nasolacrimal é a principal causa de lacrimejamento e secreção ocular em neonatos.

A maioria dos casos resolve espontaneamente. A resolução de forma espontânea ocorre até os 6 meses de idade em aproximadamente 90% das crianças com obstrução congênita.

Crianças com obstrução do canal lacrimal apresentam história de lacrimejamento crônico e secreção nos cílios. Ao exame podemos visualizar um aumento do tamanho do menisco lacrimal, a palpação do saco lacrimal pode causar refluxo de lágrima ou secreção mucosa através do ponto lacrimal.
Os pais podem observar um fluxo maior de lágrimas quando a criança está num ambiente que estimula uma maior produção de lágrimas (frio ou vento por exemplo) ou quando a drenagem da lágrima diminui por edema da mucosa nasal durante uma infecção de vias aéreas superiores.

Em pacientes com hiperemia ocular importante e desconforto, devemos fazer o diagnóstico diferencial com conjuntivite (infecciosa, alérgica ou química), uveítes ou corpo estranho/abrasão corneana.

Na maioria dos casos o manejo consiste em massagem do saco lacrimal e observação. A compressão deve ser feita em cima do saco lacrimal direcionando para baixo por algumas vezes ao dia até a resolução dos sintomas.
Em casos não resolvidos entre 6 a 10 meses de vida, pode ser feita a sondagem de vias lacrimais.

Quando houver secreção purulenta na ausência de outros sinais de infecção, sugere-se que esteja ocorrendo uma proliferação bacteriana na lágrima estagnada no saco lacrimal e deve ser tratada com colírio antibiótico. Em caso de secreção purulenta com eritema e edema do saco lacrimal , indica uma dacriocistite aguda e deverá ser tratada com antibiótico sistêmico.

O olho seco ocorre quando há uma diminuição na quantidade e/ou alteração na qualidade da lágrima, apresentando sintomas como: embaçamento na visão, vermelhidão, ardência e sensação de areia nos olhos. Nos casos moderados a severos, causa dor e limita as atividades diárias.

 

A síndrome do olho seco é uma doença multifatorial. O clima seco da estação, assim como a nova rotina de maior exposição às telas aumentam o risco de desenvolvimento do problema. 

Um estudo publicado pela The Association for Reasearch in Vision and Ophtalmology (ARVO) classifica o olho seco evaporativo como uma doença pandêmica, chegando a atingir 70% da população em diversas partes do mundo.

– Fatores ambientais que podem levar ao olho seco: tempo seco, vento, insolação, poluição, fumaça de cigarro, ar-condicionado.

– Exposição a telas: em frente às telas, a frequência com que piscamos diminui, fazendo com que o filme lacrimal evapore com mais rapidez.

– Medicamentos: descongestionantes, anti-histamínicos, antidepressivos, diuréticos, pílulas anticoncepcionais, alguns anestésicos, betabloqueadores e medicamentos para transtornos digestivos são algumas das medicações que podem diminuir a produção do filme lacrimal.

-Lentes de contato: as lentes diminuem a quantidade de oxigênio sobre a córnea, podendo levar ao olho seco. Por isso, o paciente deve ser orientado em consulta a nunca dormir de lentes e respeitar as indicações de uso dadas pelo oftalmologista.

-Idade e sexo: com a idade, a produção de lágrimas diminui naturalmente. Já as mulheres, sofrem alterações no filme lacrimal devido às variações hormonais na menopausa.

– Doenças sistêmicas: Síndromes de Sjögren e de Stevens-Johnson, a penfigóide cicatricial ocular, sarcoidose, mal de parkinson e diabetes (especialmente a de Tipo-2) podem facilitar o olho seco.

 

A síndrome do olho seco não tem cura, mas é possível controlar os sintomas. Usamos para isto o controle dos fatores de exposição, uso de colírios ou géis de lágrima artificial, suplementação de ômega 3, vitamina D, zinco, vitaminas C e E.

Em alguns casos específicos que não responderem bem às medidas anteriores poderá ser inserido no ponto lacrimal do paciente um plug para reter a lágrima na superfície ocular.

A ptose é a queda da pálpebra superior que pode ocorrer por um problema no funcionamento do músculo levantador da pálpebra.

A ptose pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida. Na maioria das vezes acomete apenas um dos olhos.

A ptose palpebral pode ter origem neurogênica. Ou seja, quando há algum dano ou lesão no nervo oculomotor ou na via simpática ocular. É comum ocorrer em síndromes genéticas, como Horner ou Marcus Gunn. Nestes casos, há um defeito na comunicação entre o nervo oculomotor e o músculo levantador, causando a queda da pálpebra.

 

Ela também pode ser miogênica; e esta é relacionada à distrofia do músculo levantador. Aparece em doenças como miastenia gravis, oftalmoplegia crônica progressiva, entre outras.

 

A ptose aponeurótica ocorre quando há deiscência, alongamento ou desinserção da aponeurose (membrana que envolve o músculo) do músculo levantador da pálpebra. Pode ocorrer por algum trauma ou lesão nesta região. Essa condição está também ligada à ptose senil (relacionada à idade).

 

E a ptose mecânica que ocorre quando há aumento do peso da pálpebra pela presença de tumores ou de outras lesões como o calázio. 

 

O grau de severidade da ptose depende da porção dos olhos que fica coberta pela pálpebra. Pessoas que apresentam uma queda muito acentuada precisam fazer uma cirurgia.

 

A avaliação para o diagnóstico da ptose precisa ser minuciosa, assim como o planejamento cirúrgico.

A vascularização da retina só se completa próximo aos 9 meses de gestação. Quando o bebê nasce antes, geralmente a retina apresenta uma porção ainda sem vasos. Essa parte avascular produz uma substância chamada VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) que irá estimular a produção de novos vasos; porém estes são mais frágeis. Devido esta fragilidade podem sangrar e formar cicatrizes que podem levar ao descolamento da retina.

​Essa doença afeta principalmente bebês com menos de 32 semanas de gestação e peso ao nascimento abaixo de 1500 gramas. Outro grande fator de risco é o uso de oxigênio em UTIs neonatais para auxiliar na respiração dos prematuros. A oxigenação causa ainda mais desorganização na configuração dos vasos sanguíneos, aumentando a probabilidade de surgimento da retinopatia de prematuridade.

A retinopatia de prematuridade é classificada em cinco estágios de acordo com a gravidade. São eles:

  • estágio I: crescimento discreto dos vasos sanguíneos. Muitas crianças melhoram sem tratamento;
  • estágio II: vasos com anormalidade moderada. Aqui a doença ainda pode se resolver naturalmente, sem complicações;
  • estágio III: os vasos sanguíneos crescem em direção ao centro do olho, indicando um agravamento da doença e a necessidade de tratamento para prevenir o descolamento da retina;
  • estágio IV: a retina se apresenta parcialmente descolada
  • estágio V: descolamento total da retina, capaz de causar deficiência visual severa e até cegueira.

Apesar da maioria dos casos a retinopatia da prematuridade se apresentar nos estágios I ou II; alguns bebês podem desenvolver a doença rapidamente. Por esse motivo, é vital que a equipe neonatal encaminhe os prematuros de risco para avaliação oftalmológica.

Um oftalmologista bem treinado realizará um mapeamento da retina, com as pupilas previamente dilatadas através de colírios específicos. Este exame deve ser repetido a cada uma ou duas semanas até que o crescimento dos vasos sanguíneos da retina esteja concluído.

Nos casos que exigirem tratamento; atualmente as opções são:

  • laser: aplicação na área avascular da retina periférica para interromper a produção de VEGF.
  • medicamentos antiangiogênicos: drogas usadas para inibir a produção de VEGF aplicadas dentro do olho , no vítreo.
  • vitrectomia: cirurgia quando há o descolamento da retina.

 

Mesmo os bebês que demonstram regressão espontânea devem ser acompanhados por um oftalmologista. Isso porque há riscos de outros problemas de visão, como estrabismo e diferenças de grau entre os olhos.

As causas relacionadas ao aparecimento dos tumores de pele são multifatoriais. A causa mais comum é a exposição aos raios ultravioletas (UV), especialmente em indivíduos com pele clara. O envelhecimento também é um fator de risco.

Os dois principais tumores malignos de pálpebra são o carcinoma basocelular (CBC), responsável por aproximadamente 80-90% das lesões malignas das pálpebras e o carcinoma espinocelular (CEC)

O carcinoma basocelular, na maioria das vezes tem um crescimento lento e raramente evolui com metástase. Já o carcinoma espinocelular pode ter um crescimento mais rápido e apresenta metástase a distância em 5-16% dias casos.

Pode se manifestar como uma lesão pequena com inchaço palpebral, vermelhidão ou lesões mais evoluídas com dor, dificuldade para abrir o olho e mudança na textura ou cor da pele da pálpebra. Alguns tumores podem sangrar.

O diagnóstico é feito através do exame físico da lesão e uma coleta de amostra do tecido para biópsia, além de exames de imagem como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética em casos de suspeita de infiltração profunda.

O tratamento é a remoção cirúrgica da lesão. Quando a remoção completa não é possível, há a indicação de radioterapia e quimioterapia.

A prevenção dos tumores de pálpebras inclui evitar a exposição excessiva ao sol e uso de óculos de sol com proteção UV.

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